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Diversas pesquisas já comprovaram que a prática de sexo oral sem proteção pode levar à transmissão do papilomavírus humano (HPV). Porém estudo apresentado no encontro anual da Associação Americana para Avanços na Ciência (AAS), que aconteceu nos Estados Unidos durante o último fim de semana, apresentou um novo dado: os homens têm o dobro de possibilidade de desenvolver câncer de garganta e de boca após a infecção. Gypsyamber D’Souza, epidemiologista à frente da pesquisa, afirmou que quase dois em cada três casos desses tipos de câncer são provocados pelo HPV 16. "Nosso estudo mostra que, nos homens, o risco de uma infecção pelo HPV cresce conforme aumenta o número de parceiras com quem eles têm sexo oral", explicou em entrevista ao jornal O Globo. Já entre as mulheres, o número de parceiros não aumenta o risco de contrair a doença. "O estudo determinou que as mulheres que têm mais relações sexuais vaginais têm menor risco de infecção por HPV. Isso sugere que a primeira exposição vaginal ao HPV confere uma proteção maior a elas ao detonar uma resposta imunológica forte", disse D'Souza. O risco de câncer de garganta e de boca cresce em cerca de 22% quando associado ao sexo oral, segundo estudo publicado em janeiro no Journal of the American Medical Association. Nos últimos 20 anos, esse tipo de câncer aumentou em 225%. BN
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