por Carla Araújo | Estadão Conteúdo*Foto: Agência Brasil
Líderes da base reunidos nesta terça-feira (23) com o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, assinaram uma ordem de urgência constitucional para que o Projeto de Decreto Legislativo (PDCO) nº 295/15, que trata da reforma administrativa e da redução de salários do Executivo, tenha prioridade nas votações na Câmara. O objetivo do governo é que o projeto chegue a Plenário para ser votado ainda esta semana. A decisão ocorre após quatro meses da promessa de Dilma de reduzir em 10% o próprio salário, do vice e dos 31 ministros. A medida não saiu do papel e todos continuam recebendo R$ 30.934,70 por mês. Além disso, dos 3 mil cargos comissionados que o governo cortaria, apenas 528 foram extintos até agora. O Ministério do Planejamento afirmou que a medida está em curso e sendo feita de maneira gradual e que para esta semana há previsão de publicação de decretos com redução de aproximadamente mais 140 cargos. O Planejamento esclareceu que nunca culpou a burocracia pela demora para que a redução de salários do Executivo. Segundo a pasta, desde o dia 6 de outubro do ano passado, quando o projeto foi encaminhado ao Congresso, "o governo não deixou de envidar esforços para que o decreto fosse rapidamente analisado pelos congressistas". A Secretaria de Governo justificou que não é culpa do Legislativo a demora e que o projeto está obedecendo aos trâmites legislativos. A presidente, argumenta a pasta, não descumpriu a promessa já que encaminhou a proposta ao Congresso e ainda segue com o compromisso de redução salarial, no entanto, o projeto precisa obedecer o rito natural.
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