Depois do recesso parlamentar, a CPI do Futebol no Senado recomeça seus trabalhos com o foco nos homens de confiança do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Nesta quarta-feira (17), a comissão vai votar a quebra de vários sigilos de um trio que se manteve estrategicamente na entidade após a renúncia do dirigente, em abril de 2012, num acordo entre ele e seu sucessor José Maria Marin.
A CPI aposta que ex-diretor financeiro Antônio Osório Ribeiro Lopes da Costa, conhecido como Zozó, o ex-tesoureiro Ariberto Pereira dos Santos e o ex-secretário geral Júlio Avelleda guardam muitas informações preciosas sobre os negócios da CBF.
Zozó foi o gestor de diversos contratos comerciais celebrados pela confederação. A CPI quer acesso aos seus dados fiscais e bancários desde maio de 2007, quando ele participou do acerto com a TAM, então nova patrocinadora da CBF, até o dia em que José Maria Marin foi preso na Suíça, em 27 de maio de 2015.
Já com relação a Ariberto e Avelleda, a CPI quer a quebra do sigilo fiscal, bancário, telefônico e eletrônico de ambos. A comissão suspeita que eles avalizavam transações suspeitas.
Além dos três, a CPI também aprecia nesta quarta outros pedidos. Quer, por exemplo, vasculhar a movimentação fiscal e bancária da Klefer Produções e Promoções Ltda, e a de seu dono, Kleber Leite. Ele também pode perder o sigilo telefônico e eletrônico, assim como o empresário Wagner Abrahão, que mantém vínculos com a CBF há vários anos.
Kleber Leite e Abrahão são outros dois nomes muito próximos a Ricardo Teixeira, que presidiu a CBF de 1989 a 2012 e hoje está indiciado pela Justiça dos EUA por crimes de corrupção.
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