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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Caos na Odebrecht prejudica toda a economia brasileira

Jornal do Brasil * Tida como a maior empreiteira do Brasil, a Odebrecht encontra-se hoje imersa no caos. À medida que vai se aproximando o dia em que a Justiça brasileira condenará definitivamente os seus principais executivos, dentre eles o presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, já em prisão preventiva, a desconfiança de investidores em relação à empreiteira cresce. 

Uma de suas subsidiárias, a Odebrecht Óleo e Gás, já é considerada pela agência de risco Fitch uma das empresas mais problemáticas da América Latina. Em um relatório recente, aliás, a agência recomenda à Petrobras para que tente cortar o valor de seus contratos de sonda com a empresa. Credores internacionais estão apavorados com a possibilidade de um calote bilionário da subsidiária. 

No Rio de Janeiro, a Odebrecht representa uma fatia de 95% do Consórcio Maracanã, que administra o estádio mas já não se encontra em condições financeiras de arcar com o seu funcionamento adequado. Em janeiro deste ano, o consórcio demitiu nada menos que 75% de seus funcionários, na busca de tentar pressionar o governo estadual para que o contrato de concessão fosse revisto. O Maracanã segue sem ser utilizado por Flamengo e Fluminense em 2016, apesar de o contrato assinado entre as partes garantir jogos até o final de abril. Consciente de que a administração do estádio só lhe vinha trazendo prejuízo, a Odebrecht, no estado em que se encontra, resolveu abdicar de suas responsabilidades, prejudicando toda a população do estado. 

Outra subsidiaria do grupo, a Odebrecht Defesa e Tecnologia integra, junto com a estatal francesa DCNS, o Consórcio Baía de Sepetiba, que desde 2008 atua na projeção e construção de submarinos nucleares. A implementação do projeto garantiu momentaneamente o aumento de postos de trabalho, assim como a contratação de várias empresas menores provedoras dos mais diversos tipos de materiais. No entanto, as obras se encontram totalmente estagnadas hoje, e, pelo que se sabe, por responsabilidade da Odebrecht. Esta, que coordena a execução do projeto por escolha da DCNS, não está conseguindo receber faturas de obras já concluídas, na ordem de R$ 300 milhões, o que inviabiliza a continuidade do projeto. Assim, o clima em Itaguaí é de desânimo neste momento. Os trabalhadores, que poderiam chegar a 9.000, estão reduzidos a 1.100, ainda temendo a possibilidade de novas demissões. 

Os casos mencionados acima comprovam como a saúde de uma empresa dessa envergadura é fundamental para o país, tendo papel vital no aquecimento da economia. A Odebrecht, juntamente com as outras grandes empresas investigas pela Operação Lava Jato, representa a garantia de sobrevivência para diversas outras empresas de menor envergadura, que vendem a ela seus serviços e materiais, e a garantia de trabalho para funcionários de todas elas, consequentemente. 

O efeito em cadeia, portanto, tem um potencial arrasador. Enquanto um acordo de leniência não for firmado em prol da recuperação da empresa, não se tem como vislumbrar um cenário melhor.

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