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sábado, 20 de fevereiro de 2016

Aluna brasileira cria isopor a partir de cana-de-açúcar

Sayuri Minamoto Magnabosco, 17, desenvolveu bandejas a partir do bagaço da cana/Foto: EcoD
Isopor criado a partir de cana-de-açúcar.

A ideia veio depois que Sayuri Minamoto Magnabosco, de 17 anos, viu a mãe chegar do mercado com produtos embalados com isopor, material que contribui com o acúmulo de resíduos nos lixões e aterros, e que demora de 100 a 300 anos para se decompor.

A estudante do ensino médio de Curitiba, Paraná, pensou em uma solução: por que não produzir bandejas a partir do bagaço da cana-de-açúcar?

O talento da jovem e ajuda da mãe e dos professores fizeram com que a bandeja biodegradável saísse do papel.

Um ano depois, tem até pedido de patente e uma quantia invejável de prêmios para a garota cientista.

Como
A ideia é simples, da maneira como deve ser um projeto científico no ensino médio, defende o professor Cornélio Schwambach, orientador de Sayuri.

A cana ela conseguiu com um vendedor de caldo, perto de casa. Bateu no liquidificador de casa e misturou àquela cola branca caseira, que os mais antigos conhecem bem: farinha de trigo e água, fervidos no fogão.

A parte difícil foi secar no sol. É que o clima de Curitiba não ajudou muito (“alguns eu deixei para secar no forno”).

Outra dificuldade: encontrar uma “solução básica” para misturar ao bagaço para impedir a fermentação.

Esta é uma etapa importante, porque a bandeja não podia ser tão biodegradável a ponto de estragar, enquanto o alimento ainda está próprio para consumo.

“Pesquisei nos produtos de limpeza, vi o que era utilizado, e encontrei uma substância que não teria nenhum efeito tóxico sobre o bagaço”, explicou.

Mas como conseguiu escolher um produto químico desses? Sayuri conta que foi com a ajuda da mãe, que é farmacêutica e “conhece bastante de substâncias”.

Marina, a mãe, nega: “Que nada, ela fez tudo sozinho, é superautodidata”.

Iniciação científica
O Colégio Bom Jesus criou em 2011 o programa de Iniciação Científica (IC) para o ensino médio. É uma forma de canalizar a criatividade dos adolescentes em prol da ciência.

Sayuri é da segunda geração de orientados. Sua coleção de medalhas inclui passagens pelas feiras de ciências da Usina de Itaipu, da Universidade de São Paulo (USP) – a maior do país–e da chamada Olimpíada dos Gênios, realizada em Nova York.  Com informações ECO4planet

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