Jornal do Brasil - Em depoimentos dados aos investigadores da Operação Lava Jato, os delatores afirmaram que o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) recebeu em mãos dinheiro vivo resultante do esquema de corrupção na Petrobras.
Segundo os delatores, antes do dinheiro chegar às mãos do ex-presidente da República, ele teria circulado em um carro forte de uma empresa de valores e em carros blindados.
De acordo com esses depoimentos, Collor foi o destino de uma propina referente ao acordo que envolveu a BR Distribuidora para beneficiar uma rede de postos – a Abster, que pertence ao empresário Carlos Alberto Santiago, que nesta semana teve R$ 3,6 milhões apreendidos pela Polícia Federal em seu escritório.
Segundo os delatores, o principal articulador do acordo, que resultou em propina para dirigentes da estatal e para o próprio senador foi Pedro Paulo Leoni Ramos, que foi ministro de Assuntos Estratégicos do governo Collor.
Em nota, a assessoria do ex-ministro Leoni Ramos disse que ele já prestou todos os esclarecimentos às autoridades competentes.
Veja a íntegra da nota
"A assessoria de imprensa de Pedro Paulo Leoni Ramos informa que ele já prestou todos os esclarecimentos às autoridades competentes, depoimento este que está sob sigilo, e reafirma a disposição dele para continuar colaborando com quaisquer outros questionamentos que forem necessários".
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