O mercado de trabalho do país voltou a registrar saldo negativo, quando o número de demissões supera o de admissões, em junho, com perda de 111.199 postos de trabalho. Esse é o pior resultado do mês verificado na série histórica iniciada em 1992. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgadas nesta sexta-feira. Em maio de 2014, o cenário era inverso, com a criação de 25.363 empregos.
A baixa foi ainda mais acentuada do que a esperada pelo mercado, que projetava um fechamento de cerca de 98.000 postos de trabalho, segundo a agência Reuters. No semestre, o país teve 345.417 postos fechados; e no acumulado dos últimos 12 meses, já registra perda de 601.924 vagas de trabalho. O número é o resultado da diferença entre 20,1 milhões de contratações e 20,7 milhões de demissões contabilizadas no período.
Segundo o Ministério, a indústria foi a grande responsável pelo corte de vagas no período, com uma baixa de 64.228 postos. O desempenho do setor foi generalizado, com destaque para indústria metalúrgica (-9.027 postos), indústria mecânica (-8.841 postos) e indústria de material de transporte (-8.822 postos).
A segunda atividade a perder mais emprego foi serviços, com 39.130 vagas a menos. Depois, aparece o comércio (-25.585) e a construção civil (-24.131). A agricultura foi o único setor a contratar no mês, ganhando 44.650 vagas. De acordo com a pasta, o avanço do emprego na indústria se deve ao desempenho positivo de atividades ligadas ao cultivo de café (+20.930 postos) e de laranja (+4.371 postos). http://veja.abril.com.br
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