Além da crise política entre governo e oposição, a desvalorização do bolívar levou a Venezuela a uma crise econômica crítica, cujas consequências já estão presentes no cotidiano das pessoas.
Os venezuelanos tiveram que voltar aos primórdios da economia e agora realizam uma espécie de escambo, chamado de “trueque”, um intercâmbio de objetos sem envolver dinheiro.
A forma de comércio é o jeito que a população encontrou para conseguir driblar as longas filas e os preços exorbitantes de alimentos e produtos higiênicos.
Na hora da necessidade, vale tudo. Redes sociais como o Facebook e o Twitter, por exemplo, têm sido utilizadas para a realização das trocas. Pessoas postam fotos de produtos que possuem, perguntando se há interessados em trocar por outros.
Mas também há uma troca de informações: vários usuários perguntam onde podem encontrar algum determinado bem ou indicam o lugar onde fizeram uma aquisição recentemente.
É o que acontece no grupo “Trueques Anti-Bachaqueros – Barquisimeto”, criado no Facebook. A página é fechada por motivos de segurança e é administrada por seis pessoas, responsáveis por manter justas as trocas e determinar as normas de publicação.
“Por motivos econômicos, o Facebook chega a mais pessoas do que o Instagram, por exemplo, que precisa de um smartphone para usá-lo e nem todos aqui têm um”, explica uma das administradoras da página, Mary Sands, em entrevista por e-mail.
A venezuelana explicou que o "trueque" se tornou comum no país porque, além da carência de produtos, quando as pessoas vão às compras, “se compra o que se encontra” e não o que se deseja ou realmente precisa.
“Tem uma grande quantidade de produtos em falta, não só nos supermercados e farmácias, mas também coisas como pneus, produtos de limpeza e até mesmo celulares”, afirmou.
A seguir, veja como uma das usuárias da página realizou o trueque: ela postou uma foto com produtos higiênicos que possuía, como desodorantes, amaciantes e sabonetes, e em troca pedia leite. Fonte: Exame
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