Além de apanhar de um policial durante protesto contra o aumento da tarifa, manifestante foi agredida verbalmente. “O policial me chamou e perguntou se eu queria dar a boceta pra ele. Doeu mais que a borrachada”
Quando Fernanda Barreto Gueiros questionava o policial que ela identificou como seu agressor, após a manifestação convocada pelo Movimento Passe Livre (MPL) no último dia 9 de janeiro, ela diz ter ouvido uma provocação de outro agente: “tá encarando por que? Quer dar a boceta pra ele?” (vídeo abaixo).
Segundo Fernanda, após a PM atirar bombas de gás contra a manifestação, ela e o namorado se abrigaram em uma padaria, que acabou sendo invadida pelos policiais. “Pegaram meu namorado, tinham seis espancando ele, fui tentar tirá-lo lá do meio e apanhei também. Daí, quando o prenderam na rua, amarrado com um ‘enforca-gato’ com mais alguns manifestantes, comecei a procurar o cara que tinha me batido.”
Após o imbróglio dentro da padaria e da prisão do companheiro, Fernanda conseguiu, ainda, localizar o policial que a agrediu. “Perguntei se ele não tinha coração, e fiquei ali parada na frente dele. Foi quando o outro me chamou e perguntou se eu estava o encarando porque queria dar a boceta pra ele. Doeu mais que a borrachada.”
Fernanda afirma ter descoberto, após analisar outras imagens, a identificação do policial que a agrediu, mas não tem coragem de delatá-lo. “Tenho medo de ir à Corregedoria, não sei do que esses caras são capazes.”
A discussão foi gravada por outro manifestante. Confira o vídeo: http://www.netcina.com.br
Fonte: Terra
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