de Gerson Camaroti, GloboNews:
O Palácio do Planalto decidiu retomar a articulação para influenciar na eleição pelo comando da Câmara dos Deputados. A nova tentativa foi deflagrada depois da avaliação de que o peemedebista Eduardo Cunha aparece em vantagem na disputa.
Cunha é um desafeto da presidente Dilma Rousseff, que apesar das declarações públicas de neutralidade, não esconde nos bastidores o seu desconforto com a eventual eleição do líder do PMDB.
O Planalto não quer ficar dependendo da caneta do peemedebista em votações de interesse do governo. Por isso, a ordem é partir para cima dos aliados. No primeiro mapeamento, várias dissidências foram identificadas em legendas que tiveram o espaço reforçado no primeiro escalão.
A determinação é cobrar reciprocidade de aliados como Gilberto Kassab, do PSD, que ganhou o poderoso Ministério das Cidades e Cid Gomes, do PROS, que passou a comandar o Ministério da Educação.
A estratégia é fortalecer, nesta reta final, a candidatura do petista Arlindo Chinaglia. O PMDB já identificou o movimento e avisa que uma interferência do Planalto na disputa da Câmara deixará sequelas.
Enquanto isso, o oposicionista Júlio Delgado, do PSB, tenta tirar proveito desse tiroteio na base aliada. Uma coisa é certa: independentemente do resultado, a governabilidade será mais difícil na Câmara dos Deputados neste segundo mandato da presidente Dilma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário