Sarah Tetley, de 26 anos, levou cerca de dois anos para descobrir que seu marido Charlie Tetley a estuprava diariamente enquanto ela dormir. A revelação foi feita durante o programa “This Morning”, transmitido pela ITV, na manhã desta quarta-feira (14).
Foi em novembro de 2013, que Sarah suspeitou que algo de errado estava acontecendo. “Eu acordei de manhã com uma certa sonolência e percebi que havia sido molestada durante o sono”, disse. “Pensei, então, em fingir que dormia para descobrir o que estava acontecendo. Ele parou muito rapidamente, eu sai do quarto, desci as escadas e me sentei para assistir qualquer coisa na televisão.”
Assim que Charlie foi para o trabalho, Sarah, que vive em Leicestershire, na Inglaterra, foi até a casa dos vizinhos para contar sobre o ocorrido. Foram eles os responsáveis por encorajá-la a dizer tudo à polícia.
E durante a investigação, ela descobriu que todos os abusos eram gravados pelo então companheiro. Ao explorar os arquivos secretos do computador de Charlie, os policiais encontraram 316 vídeos. Mas só em março de 2014 ela criou coragem para assistir a 16 deles.
“Em vários não dava para me ouvir nem respirar e parecia que eu realmente não me movia. Parecia que eu estava morta em alguns”, explicou. “Muitos dos vídeos mostram ele usando objetos da casa e outras coisas que escolhia na hora. Foi um pouco perturbador.”
O apresentador pergunta se ela supunha estar drogada, embora os testes não tenham sido conclusivos. Mas Sarah disse que nunca suspeitou de nada – nem de sensações diferentes nem de coisas fora do lugar.
“De manhã, eu acordava com o braço um pouco dormente... Mas nada que me fizesse pensar que algo desagradável estivesse acontecendo.”
Charlie Tentley só foi declarado culpado após 26 acusações de estupro e agressão e foi condenado a 12 anos de prisão. Em agosto passado, foi detido.
Sarah disse ainda que decidiu tornar pública a sua história para ajudar de alguma maneira a aumentar a conscientização sobre o abuso. “Se você está sendo abusada de alguma forma, você deve contar a alguém, independente do tipo de abuso, mesmo que mental. E principalmente se a pessoa é dissimulada. Pode não parecer nada, mas se tratar de algo muito grave.” Fonte: Com informações da Marie Claire
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