Instituições públicas federais estão na mira dos investigadores da Operação Lava Jato. As denúncias do esquema de corrupção na Petrobras identificaram um modelo de negócio que deve levar a Força Tarefa do Ministério Público Federal e da Polícia Federal a abrir novas investigações para apurar irregularidades em contratos firmados em outras áreas. Parte dessas investigações depende de acordos de colaboração que estariam em negociação com executivos de grandes empreiteiras. As informações são daBandNews.
A constatação de que o mesmo modo de operação implantado na Petrobras seria aplicado em outros setores derrubaria a tese de defesa de alguns dos investigados de que eles foram coagidos a pagar propinas. Segundo o procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, não estão esgotadas ainda as investigações em relação aos corruptores, ou seja, às empreiteiras que foram alvo da investigação na sua sétima fase. Mas neste momento, a Operação Lava Jato segue num caminho que vai além da Petrobras, de acordo com o procurador.
Santos Lima diz que a formalização dos novos acordos de colaboração está cada vez mais difícil porque as informações oferecidas precisam ser novas e com potencial para fazer as investigações avançarem.Ainda na atual fase da Operação Lava Jato, concentrada na Petrobras, nomes de outros executivos da estatal podem ser revelados. O ex-diretor da Área Internacional Nestor Cerveró é um dos nomes que vêm sendo apontados como importantes para um acordo de colaboração.
Dos depoimentos dele poderiam surgir nomes de novos envolvidos. Ainda neste mês o Ministério Público Federal vai propor novas ações penais contra os investigados. Desta vez, por crime de improbidade administrativa. A denúncia proposta será uma espécie de espelho das demais ações desta fase. Em dezembro, a Justiça Federal acolheu seis ações propostas por crimes como lavagem de dinheiro e corrupção.
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