A "Má sorte" pode ser mais atribuída ao surgimento da maior parte dos tipos de câncer que os fatores de risco conhecidos, como o hábito de fumar. É o que diz um estudo americano, que tem o objetivo de explicar a razão de alguns tecidos do corpo serem mais vulneráveis ao câncer do que outros. As informações são do jornal científico Science. Os cientistas concluíram que dois terços de todos os tipos de câncer analisados são originados de forma aleatória por mutações genéticas. Independentemente do estilo de vida levado pelo paciente. Mas a organização Câncer Research UK afirmou que um estilo de vida saudável ainda aumenta muito as chances de uma pessoa não desenvolver a doença.
O estudo foi conduzido por pesquisadores da Universidade Johns Hopkins e da Escola de Saúde Pública Bloomberg. Eles afirmaram acreditar que a explicação para esse fator aleatório está na maneira como os tecidos do corpo se regeneram. Células velhas e desgastadas são constantemente substituídas por meio de células-tronco, que se dividem para formar novas células. No entanto em cada divisão há o risco de que ocorra uma mutação perigosa, que aumenta a chance da célula-tronco se tornar cancerígena.
O ritmo dessa renovação celular varia de acordo com a região do corpo, sendo mais rápida no intestino e mais lenta no cérebro, por exemplo. No estudo os pesquisadores compararam o número de vezes que essas células se dividem em 31 tecidos do corpo durante a vida de um indivíduo com o índice de incidência de câncer nessas partes do corpo. No final eles chegaram à conclusão que dois terços dos tipos de câncer eram "causados pelo azar" de células-tronco em processo de divisão sofrerem mutações imprevisíveis.
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