A Fundação José Sarney, atualmente batizada como Fundação da Memória Republicana, fechou as portas nesta sexta-feira (16) após a exoneração de 48 cargos comissionados em decreto do atual governador do estado, Flávio Dino (PCdoB). O museu é ligado à secretária de Cultura do Estado e custou em torno de R$ 8,1 milhões, entre 2012 e 2014, aos cofres públicos maranhenses. De acordo com informações do jornal Estado de S. Paulo, a presidente da instituição Anna Graziele Costa informou que, sem funcionários, as atividades e programação oferecidas pela fundação foram suspensas. Ela solicitou ao Estado uma resposta à atual situação, contudo, o secretário de Articulação Política, Márcio Jerry (PCdoB), afirmou que a fundação não é “preocupação prioritária” do governo. Além disso, acusou o museu de servir a fins privados. Apesar de existir uma sala com o acervo de José Sarney, Costa nega que haja “culto à personalidade” do ex-presidente do Brasil. A fundação foi criada pelo próprio Sarney – adversário político de Dino – para guardar documentos e presentes recebidos no período em que estava no Palácio do Planalto, logo após os movimentos para voto direto no Brasil pós-ditadura. Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique também contam com institutos, porém, são mantidos com doações privadas. Já a estatização da fundação foi por iniciativa da filha do ex-presidente, Roseana Sarney (PMDB), com aval da Assembleia Legislativa. Foi quando o nome da instituição passou a ser chamado de Fundação da Memória Republicana Brasileira. Em resposta ao movimento de Dino, Sarney o comparou a Josef Stalin, antigo líder soviético considerado ditador. “Nunca fiz nenhuma promoção pessoal minha. O Stalin é que mandou refazer a enciclopédia russa, retirando o nome dos quais não apoiavam o regime e a ele mesmo; exemplo maior, Trotsky”, afirmou Sarney, em nota enviada ao jornal. BN
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