Discutimos moda feminina, com os modelos "Botijão de gás", da presidente Dilma, e "Pamonha", da ministra Katia Abreu; criticamos nomeação esdrúxulas de ministros; gritamos contra as primeiras medidas do governo; esperamos o escândalo diário da Petrobras; e agora nos assustamos com o fuzilamento de jornalistas franceses. No entanto, não faltam no Brasil coisas que tenhamos que comentar e, principalmente, criticar. Vejamos o caso da exigência do uso obrigatório de um novo extintor de incêndio, o tal ABC, que vigorava desde novembro de 2009. Isso mesmo. Há pouco mais de cinco anos;
Durante todo esse tempo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) não finalizou nada? É o que parece, porque o Ministério das Cidades adiou para 1° de abril a cobrança de multa aos motoristas que ainda estivessem portanto extintores do tipo BC. O Governo deveria ter feito uma campanha de alerta - e o que mais fazem é gastar dinheiro público com publicidade, em vez de avisar na véspera que as multas seriam aplicadas no dia seguinte;
Será que o Denatran desconhece o costume brasileiro de deixar tudo para a última hora? No próprio dia 5 saiu o aviso do adiamento da cobrança da multa. O Ministério das Cidades justificou a medida na "dificuldade para adquirir o equipamento de segurança". Na correria para se legalizar, muita gente chegou a pagar R$ 280,00 por um extintor que custava em média R$ 70,00;
Os que compraram o equipamento com ágio no preço optaram por isso para fugir das multas, que custariam muito mais, o que aconteceria em cada blitz pela qual passassem. Mas tem sempre alguns mais espertos. São os que apostam em adiamentos e anistias. Foi o que aconteceu agora. Estes saíram ganhando. E podem ganhar mais ainda. Da mesma forma que ocorreu o kit de primeiros socorros, a exigência do extintor ABC pode muito bem vir a ser extinta. por Airton Leitão
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