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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Ex-panfleteiro vira patrão, um jovem de R$ 24 milhões

Foto: divulgação/Com informações do UOL e Exame
Um jovem de Recife deu uma virada e tanto na vida.
De entregador de panfletos de uma escola de informática ele se tornou o dono do negócio.
Depois modernizou as aulas e criou uma rede, a Saga, que faturou R$ 24 milhões em 2014. 

História
Apaixonado por videogames desde pequeno, Alessandro Bomfim cansou de levar bronca da mãe para deixar essas “bobagens” de lado. 

As tardes “perdidas” no fliperama e no Atari chegaram até a render a participações em competições de videogame na adolescência, mas, mesmo assim, Alessandro não conseguiu convencer a família de que o hobby era coisa séria. “

Naquela época era visto como passatempo, algo que os pais recriminavam”, lembra.
Aos 17 anos, decidiu sair de casa e trocou o Recife pelo Rio de Janeiro.

“Tive que deixar o sonho de lado e começar a me virar. Lavei táxi, fui office boy, entregador de pizza de bicicleta, balconista, fazia de tudo para pode pagar o aluguel do quarto de pensão”, diz.

Mas foi o emprego de “panfleteiro”, em 1997 em uma rede de ensino de informática, que abriu as portas para que Alessandro pudesse finalmente reencontrar a paixão pelo universo dos games e transformá-la em negócio.

Ganhando R$ 10 por dia como freelancer, ele já se destacava ao atrair muitos alunos e foi chamado para integrar a equipe fixa da escola.

Como queria ter liberdade de horário para poder levar suas músicas às rádios - ele sonhava em ser cantor de funk - recusou a proposta. 

Cerca de um ano depois, sem resultados no mundo da música, resolveu se dedicar mais ao emprego e aceitou o cargo de vendedor externo. 

Com bom desempenho, logo virou gerente de vendas e, depois, gerente-geral da escola.
À frente da gestão, sentia necessidade e vontade de promover mudanças. 

"Eu dava várias sugestões, principalmente no perfil dos cursos, mas os donos não aceitavam, eram muito fechados", afirma.

Computação gráfica
Em 2002, ele se juntou a dois amigos --um deles, sócio-investidor-- e fez uma oferta para comprar a escola. 
O investimento na época foi de cerca de R$ 90 mil, mais o pagamento de algumas dívidas da empresa. 

Sua primeira ação como dono foi abolir o curso genérico de informática, que ensinava a usar programas como Power Point e Excel, e criar o de computação gráfica, mais especializado.

"Era uma linha totalmente diferente do que o mercado nacional estava aplicando naquele momento", declara. 
A estratégia se mostrou correta e logo Bomfim inaugurou filiais em São Gonçalo (RJ) e em São Paulo (SP).

Em 2009, atento ao mercado internacional, ele identificou outra tendência: ensinar mais embasamento artístico, não apenas a mexer nas ferramentas. 

"Comecei a implementar isso, mas percebi que exigiria uma grande reformulação dos cursos. Então, resolvemos mudar tudo, inclusive o nome da escola, para virar, de fato, uma escola de arte digital", declara.

Novos cursos
Hoje, a Saga oferece cursos de computação gráfica, de desenvolvimento de jogos em 3D, de maquetes eletrônicas e de personagens 3D. As mensalidades variam de R$ 270 a R$ 550. 

Há unidades em Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Guarulhos (SP), Recife (PE), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
Embora forme mão de obra para o mercado, 99% dos alunos são adolescentes entre 13 e 16 anos interessados no mundo digital, segundo Bomfim. 

Mais de 12 mil alunos já passaram pela escola. Desde 2011, a Saga tem parceria com a Gnomon School of Visual Effects, escola de efeitos especiais de Hollywood. 

Desafios
Hoje seus desafios são a concorrência e o dólar alto. "O mercado hoje está mais difícil, por isso, procuramos sair do tradicional eixo Sul-Sudeste. Temos duas unidades no Nordeste e pretendo abrir uma na região Norte. Como trabalhamos com softwares originais e importados, sofremos com a alta do dólar", diz.

"Frases como 'em time que está ganhando não se mexe' e 'sempre fizemos assim e funcionou' devem ser abolidas do mundo dos negócios.

Hoje, as empresas aprendem fazendo. Se fizer bem feito e o cliente perceber valor naquilo, ele vai pagar."

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