Dos R$ 4 bilhões, valor anunciado pela presidente Dilma Rousseff, em 2011, para as ações do programa de combate ao crack, apenas R$ 1,9 bilhão foi efetivamente pago. Isso é o que aponta a Confederação Nacional de Municípios. Dos 121 municípios que pactuaram com o programa, 17% não receberam os devidos recursos. Os estados do Ceará e do Pará foram os mais prejudicados em todo o País, com respectivamente 75% e 67% de cidades que não conseguiram obter a rubrica prometida pelo governo federal.
Apesar disso, os municípios foram os maiores executores do programa, com mais de 79% do orçamento aplicado. A média calculada pela CNM para os outros entes federativos – Estados, aplicação direta e instituições sem fins lucrativos – foi de 53,5%. Dentre os órgãos, o Ministério da Saúde foi o que recebeu o maior montante: R$ 1,54 bilhão. Mais de 98% dos recursos foram utilizados com o aperfeiçoamento do SUS. Entretanto, a questão da segurança, apontada como um dos pilares do programa, não obteve nem um quinto desse montante. Como já havia alertado a CNM em 2014, a região de fronteira do país está desguarnecida e tem servido de porta de entrada para drogas produzidas nos países vizinhos. As informações são do Bem Paraná.
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