Em protesto contra a execução de seus cidadãos condenados à morte por tráfico de drogas, o Brasil e a Holanda retiraram seus embaixadores em Jacarta, a capital da Indonésia.
Os dois países, que não aceitam a pena de morte, fizeram apelos até a última hora, ignorados pelo presidente indonésio, Joko Widodo, eleito em julho de 2014 com 53% votos ao prometer, entre outras coisas, morte para traficantes. A presidente Dilma Rousseff recorreu até ao papa Francisco, sem sucesso.
Seis condenados foram fuzilados ontem na Indonésia por tráfico de drogas, cinco no complexo prisional de Nusakambangan, a 400 quilômetros da capital, inclusive o brasileiro e um holandês.
Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, era instrutor de voo livre e traficava drogas há anos na rota Rio-Amsterdã-Báli, informa a Folha de S. Paulo. Foi preso em 2003 tentando entrar no país com 13,4 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa delta. No ano seguinte, foi condenado à morte. Desde então, tentou todos os recursos possíveis.
Maior país muçulmano do mundo, com 250 milhões de habitantes, a Indonésia é um arquipélago de 17 mil ilhas, sendo 6,6 mil habitadas, que se estende por 5 mil quilômetros entre os oceanos Índico e Pacífico.
Em 12 de outubro de 2002, um atentado terrorista cometido por extremistas muçulmanos matou 202 na paradisíaca (e no caso infernal) ilha de Báli, o principal destino turístico do país. Três condenados no caso foram fuzilados na mesma prisão, em 9 de novembro de 2008. por Nelson Franco Jobim
Nenhum comentário:
Postar um comentário