Utilizar o 13º salário para pagar aquelas dívidas em atraso pode estar nos planos de grande parte dos brasileiros. Mas, na opinião do educador financeiro, Reinaldo Domingos, essa alternativa é um "erro capital".
Para Domingos, uma vez que se usa o dinheiro extra para pagar o que se deve, muitos se esquecem de um princípio fundamental da educação financeira: planejamento para atingir objetivos. "Eu sei que essa é a recomendação da maioria das pessoas e que o dinheiro extra é um grande alívio para a população, mas tratá-lo de maneira impulsiva só mostrará que não se aprendeu nada com o endividamento e que, possivelmente, se retornará a este problema em um curto período de tempo", explica o educador.
Muitos devem se perguntar agora o que fazer com o dinheiro. Domingos sugere o primeiro passo: fazer um diagnóstico de sua situação financeira. "É certo que não dará para fazer isso de forma ampla, que seria anotando por um mês todos os gastos, mas dá para saber qual sua situação financeira", complementa. Se realmente for de endividamento, ainda é necessário saber se está sob controle ou se já está descontrolado, ocasionando a inadimplência.
Já o inadimplente tem que tomar uma ação mais difícil, que é negociar os valores com os credores. Segundo Domingos, é importante ter em mente que as pessoas querem receber esse valor. A partir daí, é a hora de buscar um consenso. "Nunca esquecendo que o valor definido terá que caber dentro do orçamento mensal. Fora isso, é necessário readequar o padrão de vida para que, no futuro, o problema não se repita."
Com os compromissos sob controle, ele recomenda que o décimo terceiro seja utilizado para sonhos e objetivos de curto, médio e longo prazos, no qual pode estar o de quitar as dívidas. "Para quem está endividado, mas não inadimplente, a obrigação é honrar com seus compromissos e, para que isso ocorra, os valores devem estar no orçamento mensal. Pagando tudo dentro do prazo e, se possível, adiantando o pagamento dos valores e eliminando as dívidas o mais rápido possível, essa pessoa nunca terá problema", finaliza. Fonte: com informações da InfoMoney
Nenhum comentário:
Postar um comentário