CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Francisco expressou sua tristeza nesta quarta-feira pelo que disse ser claramente o assassinato de 43 estudantes mexicanos desaparecidos, embora o governo ainda não os tenha declarado oficialmente mortos desde seu sequestro e aparente massacre no sudoeste do país no fim de setembro.
O governo do México afirmou que os indícios sugerem que os 43 professores em treinamento foram entregues por policiais corruptos a membros de um cartel de drogas local, que os matou e incinerou, mas ainda não confirmou suas mortes por falta de provas definitivas.
O caso mergulhou o governo do presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, em sua maior crise até agora e desencadeou grandes protestos. Na noite de sábado, alguns manifestantes incendiaram a porta do palácio presidencial cerimonial, no centro da Cidade do México.
"Eu gostaria de dizer de alguma maneira que estou com os mexicanos, aqueles presentes e aqueles em casa, neste momento doloroso do que legalmente falando é o desaparecimento, mas nós sabemos, o assassinato dos estudantes”, declarou Francisco em sua audiência geral no Vaticano.
Os estudantes foram levados na noite de 26 de setembro depois de conflitos com a polícia local na cidade de Iguala, no sudoeste do país, onde o prefeito foi preso na semana passada com sua mulher como prováveis mandantes do sequestro.
O governo disse que os restos mortais das supostas vítimas estão tão calcinados que é impossível dizer quando e se serão identificados de forma conclusiva. (Reportagem de Philip Pullella)
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