“Enquanto há vida, há esperança”, e como a esperança é a última que morre, a declaração do técnico Charles Fabian, na coletiva com a imprensa após a derrota de 2 a 1 para o Corinthians, domingo passado na Arena Fonte Nova, correu o Brasil e o mundo na rede social, com destaque nos sites esportivos. Mesmo que seja um milagre, isso é o que mantém o Bahia vivo, por enquanto, na luta contra o rebaixamento do clube para a 2ª Divisão, quatro anos depois de volta à Série A do Campeonato Brasileiro. "As nossas contas eram de quatro vitórias e um empate nos cinco jogos restantes. Ainda temos a condição de buscar as quatro vitórias. Se temos quatro jogos para jogar, temos que manter a esperança e tentar ganhar os quatro. Aqui ninguém vai jogar a tolha", disse, passando confiança e motivação aos seus jogadores, o técnico Charles Fabian. Um jogador vencedor dentro de campo, o atual técnico do Bahia sabe que só um milagre salva o time do rebaixamento, mas sabe também que o futebol é apaixonante porque é imprevisível. Guardando às proporções para o Tricolor, a seleção Brasileira é um exemplo surpreendente do futebol. Depois das humilhações dos 7 a 1 para a Alemanha, e dos 3 a 1 para a Holanda, nas finais da 20ª Copa do Mundo do Brasil, quatro meses, agora sob o comando de Dunga, a seleção está há cinco jogos invicta, venceu todos s amistosos, marcou 12 gols e não sofreu nenhum. É óbvio que o técnico Charles Fabian não tem Neymar, Williams, Luís Fabiano, David Luís e Cia, mas tem a força e o brilho da “estrela” Tricolor, e a tradição de time de chegada do Bahia, provada este ano na conquista do título de campeão baiano, quando todos já comemoravam o virtual bicampeonato do rival, o Vitória, que tinha todas as vantagens na decisão do título. Para permanecer na 1ª Divisão o Bahia terá que escrever uma nova página na sua história. Em 19º lugar, com 31 pontos ganhos, o “risco Tricolor” subiu para 97%, no infobola.com.br, e para 97.8% no chancedegol.com.br, os sites de prognósticos, com relação aos clubes que lutam contra o rebaixamento para a 2ª Divisão em 2015. Mas, para muitos da fiel Tricolor, 3% pode ser suficiente para manter o “Bahêaa” vivo e dar a volta por cima nos próximos quatro jogos contra Criciúma e Coritiba, fora, Atlético do Paraná e Grêmio, em Salvador.
“Vamos lutar até o final”, garantem jogadores: Depois da derrota para o Corinthians, em casa, no domingo, o Bahia começou a trabalhar desde ontem, para o confronto diante do Criciúma, em Santa Catarina. Restando quatro jogos para o final do Brasileiro, o tricolor terá que vencer todas as partidas que faltam para permanecer na elite do futebol. Fora isso, o time voltará para a 2ª Divisão. Os jogadores, que atuaram mais de 45 minutos contra o Timão, fizeram um trabalho regenerativo na sala de musculação. O restante do elenco desceu para o campo para um treino com bola sob o olhar de Charles. Em seguida, o treinador comandou um trabalho de finalizações. O zagueiro Demerson que não participou do jogo, segue vetado pelo Departamento Médico. Os irmãos Emanuel e Maxi Biancucchi treinaram na academia, mas não viajaram com o restante do grupo para Santa Catarina. Os laterais Rafael Galhardo e Guilherme Santos, que atuaram improvisados no meio-campo, comentaram sobre o momento difícil da equipe, e afirmaram que vão lutar até o final para tentar manter o tricolor na Serie A. “É difícil e complicado. Precisamos ganhar os quatro e torcer por resultados. Tivemos volume de jogo, até bola na trave, mas temos que trabalhar. Não adianta falar muito. Temos que jogar porque serão quatro finais. Não temos outra coisa a fazer. Temos que ganhar. Só nos resta isso”, disse Galhardo. “Não estamos rebaixados. É difícil, mas a gente tem que ir até o último jogo. Estamos aí para lutar até o final”, afirmou Guilherme.
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