A Nestlé SA, maior companhia de alimentos do mundo, é agora a primeira a ter uma planta totalmente livre do uso de água.
A planta de processamento de lácteos “Cero Agua," que abriu no oeste do México nessa semana, é a única do mundo com zero uso de água.
1,6 milhão de litros do líquido por dia virão do leite de vaca, que a fábrica condensa em leite em pó.
Isso reduzirá o consumo de água da Nestlé no México em 15% ao ano, disse a companhia.
Com a falta de água acometendo regiões da Califórnia ao Brasil, a Nestlé gastou US$ 15 milhões para construir a planta em instalações existentes em Jalisco que produz o leite em pó Nido.
Planos
A Nestlé exportará o processo zero-água para suas plantas globalmente, disse seu diretor executivo, Paul Bulcke. “Nem uma gota de água entra, nem uma gota de água sai”, disse Bulcke em uma entrevista na fábrica de Lagos de Moreno, em Jalisco.
O México “tem uma estação de seca bem longa, de forma que a água é uma coisa muito preciosa em quase todas as partes do país”.
O leite
De 1,4 milhão de litros de leite fresco processado por dia, a Nestlé extrai 1 milhão de litros de água purificada usando osmose inversa e outras tecnologias.
O líquido é consumido durante a produção de leite da fábrica. Depois disso, 600.000 litros são reciclados e tratados uma segunda vez para uso não potável.
A combinação de ambos os processos é o que torna a planta única no mundo, disse a Nestlé.
A reutilização de água do leite dessa forma remove a necessidade de extrair aguas subterrâneas para operações, de acordo com a companhia.
As economias de água equivalem a um consumo diário médio de 6.400 pessoas no México, ou o equivalente para encher uma piscina olímpica.
O projeto
A Nestlé contratou a Gea Filtration para desenvolver a primeira fase de purificação e trabalhou com a Veolia Environment(VIE) SA, maior companhia de água da Europa, na segunda fase.
A fábrica é parte de uma proposta da Nestlé anunciada em janeiro que investiria US$ 1 bilhão no México até 2018.
A Nestlé reduziu as retiradas de água em 33% por tonelada de produção desde 2005. Com informações do Bloomberg e MilkPoint Brasil
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