Madri, 22 nov (EFE).- Cerca de 60 mil pessoas convocadas por diferentes organizações marcharam neste sábado em Madri para pedir ao governo central da Espanha que cumpra sua promessa eleitoral e "erradique" o aborto da legislação espanhola.
Sob o lema "Cada vida importa", os manifestantes contaram com a presença de alguns destacados militantes do PP, o partido governista, como a prefeita da capital, Ana Botella, e vários deputados e senadores.
A atual legislação em matéria de aborto foi aprovada em 2010 pelo Executivo socialista de José Luis Rodríguez Zapatero.
Atualmente o aborto é permitido até a 14ª semana de gestação, ou até a 22ª, desde que possa comprometer a vida ou a saúde da gestante ou constatada malformação no feto.
Em novembro de 2011, o PP ganhou as eleições por maioria e em seu programa figurava que modificaria a legislação para favorecer o direito à vida, sem dar muitos detalhes.
Em dezembro de 2013, o governo de Mariano Rajoy aprovou um projeto para suprimir a atual lei por uma que tornaria legal dois casos para a interrupção da gravidez: estupro e risco físico ou psíquico para a mãe.
O projeto gerou uma forte polêmica na sociedade e diferenças inclusive no seio do PP, até que no último mês de setembro o governo retirou sua iniciativa, o que levou o ministro da Justiça, Alberto Ruiz-Gallardón, a apresentar sua renúncia.
Essa decisão não agradou uma parte do PP e de seu eleitorado, e, por isso, várias organizações convocaram hoje uma marcha para deixar patente seu desgosto com o governo.
Ao final da passeata, o presidente do Fórum da Família, Benigno Blanco, pediu ao gabinete de Rajoy que "erradique" o aborto e as leis que o incentivam e lhe lembrou que os manifestantes não são "reféns" de ninguém e seu voto só é "prisioneiro" de seus ideais.
Segundo Blanco, se o governo derrubar a atual lei do aborto, "a sociedade saberá recompensá-lo com o voto". Por isso, o ativista convocou os manifestantes - 60 mil, segundo a polícia, e 1,4 milhão, segundo os organizadores - a comparecer a uma nova marcha contra o aborto no próximo dia 14 de março. EFE / Fonte: Yahoo
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