Jesus teria se casado com Maria Madalena e tido dois filhos com ela. Essa teoria será defendida por um livro que será lançado ainda neste mês, baseado em um manuscrito encontrado na Biblioteca Britânica, afirma o jornal The Sunday Times.
A obra — que lembra trabalhos de ficção como O Código da Vinci, do escritor americano Dan Brown, e A Última Tentação de Cristo, do grego Nikos Kazantzakis — tem como autores Simcha Jacobovici, escritor e cineasta especializado em história antiga e investigações arqueológicas, e Barrie Wilson, professor de estudos da religião da Universidade York, no Canadá.
De acordo com o The Sunday Times, o livro The Lost Gospel (O Evangelho Perdido, em tradução livre) trará detalhes até então desconhecidos da vida de Jesus quando ele tinha vinte anos. Também serão abordadas supostas ligações de Jesus com figuras políticas importantes do Império Romano, como o imperador Tibério.
O livro se baseia em um manuscrito conhecido como A História Eclesiástica de Zacharias Rhetor (de Mitilene), que esteve no Museu Britânico desde 1847, até ser transferido para a Biblioteca Britânica há cerca de duas décadas. A sinopse fornecida pela editora descreve a obra como uma "história de detetive histórica", uma ficção que traz a primeira tradução para o inglês do manuscrito redescoberto na Biblioteca Britânica. De acordo com Barrie Wilson em seu site, o texto está escrito em siríaco — um dialeto do aramaico — e "data do século VI, mas foi traduzido de um manuscrito grego muito mais antigo". “Os estudiosos têm conhecimento disso há quase 200 anos, mas ainda não sabem o que fazer com ele”, afirma Wilson. A Biblioteca Britânica não quis comentar as conclusões do livro.
Outras menções — As teorias que defendem o casamento de Maria Madalena com Jesus têm origem em uma passagem do Evangelho de Felipe, um dos livros apócrifos (que foram deixados de lado pela tradição católica), no qual os dois personagens aparecem se beijando.
Em 2012, a descoberta de um papiro que mencionava a “esposa de Jesus” reascendeu a discussão. Embora o documento tenha sido considerado falso pelo jornal L'Osservatore Romano, publicação oficial do Vaticano, cientistas da Universidade Columbia, da Universidade Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) publicaram neste ano um estudo que descarta a possibilidade de falsificação. Não há no papiro nenhuma indicação do nome da "esposa de Jesus". Fonte: Veja
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