Fotos: arquivo pessoal/Facebook
A disputa de pais separados pela guarda dos filhos, que geralmente demora anos na justiça brasileira, vai acabar.
Uma proposta aprovada nesta quarta-feira no Senado diz que se não houver acordo entre os pais, será automático: a guarda terá que ser dividida de forma equilibrada, igualitária.
O texto da guarda compartilhada diz ainda que criança deverá morar a cidade que for melhor para ela, decisão que será tomada pela justiça.
Agora a guarda para apenas um dos pais só será concedida se um deles abrir mão do filho, ou se a justiça julgar necessário.
O projeto aprovado no Senado muda o Código Civil brasileiro - que determina que a guarda unilateral deve ser concedida a quem tiver "melhores condições" para criar o filho - e tira a expressão "sempre que possível" sobre a guarda compartilhada.
"Dia histórico"
O servidor público Eduardo Toledo, de Brasília, comemorou a decisão.
Ele trava uma briga há 1 ano e meio com a ex-namorada para conviver com a filha, Maria Eduarda, de 3 anos, que ele vê a cada 15 dias.
"Procuro estar presente, mas tenho que atender ao regime do judiciário. Isso não é razoável. É desproporcional. Sofro bastante. Não me deixam conhecer minha própria filha. Me colocam como pai provedor e visitante apenas", reclama.
"A convivência é tão pequena que não dá tempo de passar valores, passar a sua história para a criança." "Hoje é um dia histórico para nós pais".
Para entrar em vigor, a mudança precisa agora ser sancionada pela presidente Dilma. Da redação do SóNotíciaBoa
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