A esperança dos mais de mil funcionários da está em um decreto da prefeitura da cidade e numa ação trabalhista movida pelo Ministério Público do Trabalho. A companhia estava em dificuldade e teve executivos envolvidos na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), que investiga desvio de dinheiro na estatal.
A empresa Iesa Óleo e Gás, instalada em Charqueadas, no Rio Grande do Sul, e presta serviço à Petrobras, ameaça demitir todos os trabalhadores, sem nenhum pagamento.
Nesta sexta-feira (21), o Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com uma ação na Vara do Trabalho de São Jerônimo (RS) para impedir as demissões. Já o prefeito da cidade na região carbonífera gaúcha, a 59 km de Porto Alegre, deve decretar estado de calamidade. O objetivo é ter condições de atender aos trabalhadores que começarão a ser demitidos na segunda (24) e, segundo o sindicato da categoria, não terão seus direitos trabalhistas quitados pela companhia.
A Iesa, pertencente ao grupo Inepar, construiu uma unidade no município para montar módulos de plataformas de petróleo, conforme contrato de US$ 800 milhões com a Petrobras. Abalada por uma crise financeira, acabou vendo os repasses da estatal serem bloqueados.
Desde o início do ano, seus funcionários vinham paralisando o trabalho, intercalando com férias coletivas dadas pela empresa, que teimava em assinalar que sairia do vermelho. Mas a gota d'água surgiu na semana passada, com a operação Lava Jato, que prendeu altos executivos da Iesa Óleo & Gás.
Nesta semana, a Petrobras rescindiu contrato com a empresa, que anunciou o fechamento da fábrica e a demissão de mais de mil operários.
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