A homeopatia foi criada no século 19 pelo alemão Samuel Hahnemann. Trata-se de um sistema médico completo, de caráter vitalista (que vê o paciente como um todo, não em partes), com base na “Lei dos Semelhantes”. Esta lei postula que todas as substâncias disponíveis na natureza têm potencial de curar os mesmos sintomas que produzir. Por exemplo, se alguém ingerir doses tóxicas de uma determinada substância, apresentará alguns sintomas. Por outro lado, com esta mesma substância preparada homeopaticamente, será possível identificar melhoras durante a terapia.
A homeopatia atua em diversas situações clinicas do adoecimento, como doenças crônicas não-transmissíveis, doenças respiratórias e alérgicas e transtornos pscicossomáticos reduzindo a demanda por intervenções hospitalares emergenciais. Os medicamentos homeopáticos funcionam de forma a fazer com que o próprio organismo reaja aos sintomas, atuando no fortalecimento das defesas naturais que o corpo humano possui para enfrentar aquilo que o prejudica. “O restabelecimento da saúde se inicia a partir do equilíbrio da energia vital. Esse processo leva à melhoria dos sintomas e a uma sensação de bem-estar”, explica Tiago Pires de Campos, da Área Técnica de Práticas Integrativas e Complementares do Departamento de Atenção Básica, do Ministério da Saúde.
Tiago esclarece, ainda, que a resposta terapêutica a homeopatia, assim como ocorre com outros sistemas médicos, pode variar de acordo com as características individuais de cada enfermidade, dependendo se o processo é agudo ou crônico. “Na consulta homeopática, avaliam-se todas as queixas e sensações subjetivas, bem como os sintomas mentais, gerais e particulares. Investigam-se os hábitos e, de modo especial, o psiquismo do paciente – seu humor, sua sensibilidade, suas reações emocionais, sua memória, como se relaciona consigo mesmo e com os outros, seu sono, seus sonhos, seus desejos –, fatos marcantes da sua vida e como os vivenciou, o histórico familiar e tudo o que aconteceu antes do adoecimento. A partir daí, propõe-se um tratamento singular que considere todas essas particularidades”, ilustra.
Práticas Integrativas e Complementares no SUS – Homeopatia, acupuntura, medicina tradicional chinesa, plantas medicinais e fitoterápicos, medicina antroposófica e termalismo social/crenoterapia compõem o grupo de terapias que abordam a saúde com outra lógica e compõem as Práticas Integrativas e Complementares. Após a inclusão desses serviços nos sistemas de informação em saúde, foi possível monitorar a crescente inserção dos procedimentos no SUS. Em março de 2008, 517 estabelecimentos ofereciam o serviço. Em novembro deste ano, este número já ultrapassa 4.000 estabelecimentos.
Como ter acesso – Para saber sobre a disponibilidade de práticas integrativas, incluindo a homeopatia, na rede pública de serviços de saúde, procure a secretaria de saúde do seu município. Fonte: Bia Magalhães / Blog da Saúde
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