Os impactos da redução do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) em encargos para custeio de térmicas serão mais sentidos por consumidores da Região Nordeste, onde estão as usinas mais caras. Segundo estimativas do mercado, as contas de luz na região devem sofrer um aumento de até 24%, apenas para cobrir a diferença entre o novo PLD, de R$ 388,48 por megawatt-hora (MWh), e o custo da geração de energia em usinas a óleo combustível e diesel.
. Segundo as regras do setor, a diferença entre o PLD e o custo de térmicas mais caras é paga pelo ESS, que é rateado entre os consumidores de eletricidade. Assim, quanto menor o PLD, maior é a necessidade de arrecadar com a ESS. Segundo cálculos de especialistas, um mês de geração de todas as térmicas do Nordeste representaria um acréscimo de R$ 63,80 por MWh nas tarifas de energia da região, o que representa um aumento médio de 24%. O valor é alto porque o custo de geração de uma térmica na região pode chegar a R$ 1.150 por MWh.No subsistema Sudeste/Centro Oeste, onde estão as usinas mais baratas, o aumento seria de R$ 7,91 por MWh.
. A redução do PLD foi decidida anteontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com o objetivo de reduzir a pressão sobre os fluxos de caixa das distribuidoras de energia — hoje premidos pela necessidade de comprar volumes no mercado de curto prazo, que vem operando com o preço-teto de R$ 822,87 por MWh durante quase todo o ano. por Polibio Braga
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