Diversas cadeirinhas infantis vendidas no Brasil não oferecem proteção adequada às crianças em caso de acidente automotivo. Relatório divulgado nesta terça-feira (25) pela Proteste (Associação de Consumidores) sobre nove modelos destinados a bebês de 0 a 3 anos, todos aprovados pelo Inmetro, tiveram resultados considerados "preocupantes".
Nenhuma cadeirinha obteve índice máximo de segurança. Apenas uma ofereceu proteção na simulação de colisão lateral -- situação que não faz parte dos testes necessários para a homologação de cadeirinhas no país. Dois modelos de cadeirinhas não aguentaram o impacto frontal e quebraram.
A bateria de testes contemplou duas das cinco classes de cadeirinhas existentes no mercado: 0+ (de 0 a 13 kg, peso médio de bebês entre 0 e 1 ano) e 1 (9 a 18 kg, o peso de crianças entre 9 meses e 3 anos). Também entraram na avaliação modelos que combinam os dois tipos (0+/1, de 0 a 18 kg).
Diferentemente do Inmetro, que realiza teste de colisão frontal a 50 km/h, com as cadeirinhas fixadas na fileira traseira de bancos, a Proteste simulou batidas frontais a 64 km/h (mesma velocidade dos crash tests da Latin NCAP) e também laterais, estas a 28 km/h.
A estrutura usada foi de um automóvel semelhante ao Volkswagen Golf. A escala de avaliação usou os conceitos "Ruim", "Fraco", "Aceitável", "Bom" e "Muito bom" nos testes específicos; no geral, concedeu às cadeirinhas de uma a cinco estrelas.
Nos testes frontais, os três modelos da classe 0+ foram os únicos a apresentar resultados satisfatórios: Burigotto Touring e Lenox Casulo receberam selo "Muito bom", enquanto a cadeirinha Galzerano Cocoon ganhou "Bom".
As cadeirinhas combinadas se mostraram inseguras, com dois selos "Ruim" (Chicco Eletta e Baby Style 333, cuja presilha lateral rompeu durante o teste). Na mesma situação, a Galzerano Orion Master (classe 1) teve ruptura na parte de trás da estrutura.
No teste de colisão lateral, apenas a Bebe Confort levou o selo "Bom". Burigotto Touring e Lenox Casulo ficaram com "Ruim", e outras seis fabricantes obtiveram o selo "Fraco". A ProTeste também apurou a facilidade de uso, analisando itens como qualidade do manual de instruções, procedimentos de instalação e método para prender a criança. Fonte: Com informações do UOL
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