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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Bolsa Família gerou melhorias na alimentação de beneficiados, afirma pesquisa

Com a proposta de avaliar os reflexos antropométricos (técnicas para medir o corpo humano) do Bolsa Família, o economista Henrique Kawamura decidiu mapear o consumo de nutrientes das pessoas associadas ao programa. 

O trabalho realizado para o Programa de Pós-graduação em Economia Aplicada (PPGEA), da USP, levou o segundo lugar do 19º Prêmio Tesouro Nacional, na categoria de Economia do Setor Público.

Na pesquisa, Kawamura descobriu que o programa gerou um aumento no consumo de fibras, carboidratos, vitaminas e minerais, tendo como consequência uma melhora nos índices antropométricos de crianças e adolescentes. Os dados foram colhidos a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) – realizada ao longo de 2008 e 2009. 

“Para o consumo de nutrientes, observamos uma amostra constituída de 25% da original da POF. No processo, solicitamos que as pessoas com 10 anos ou mais de idade registrassem todo o alimento consumido durante 24 horas em dois dias não consecutivos”, conta o economista. 

Partindo dessas informações, Kawamura transformou os dados obtidos dos participantes em quantidades de nutrientes. Aliado a essa informação, a equipe de pesquisadores também buscou identificar os índices antropométricos das pessoas que fazem parte do Bolsa Família. 

Utilizando grupos de controle similares (pela técnica do Propensity Score Matching), o pesquisador conseguiu perceber que houve um significativo aumento no consumo de alimentos saudáveis. 

“Encontramos mais fibras, carboidratos, algumas vitaminas e minerais. Houve também uma redução no consumo de colesterol e de sódio. Fora isso, ressalto o maior consumo de ácidos graxos - essenciais para a saúde”, conta o autor. 

Kawamara também comentou sobre o valor do programa e a comparação com as pessoas que não fazem parte do Bolsa Família: “Aliado à prática de boa alimentação, constatou-se que o programa colaborou para que crianças e adolescentes obtivessem índices antropométricos considerados adequados em comparação com seus pares não beneficiados”. 

Para finalizar, o economista comenta o segundo lugar da premiação pelo projeto: “O Prêmio é um dos mais importantes e concorridos na área de economia. Creio que essa conquista não seja só minha, mas também da Esalq, que me possibilitou ter as condições necessárias para realizar o estudo”. Fonte: Galileu

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