Paulo de Tarso Lyra / http://www.diariodepernambuco.com.br
Daqui a exatos 30 dias, estará encerrada a propaganda eleitoral gratuita de primeiro turno para as eleições presidenciais. Depois do debate no SBT ontem, ainda estão previstos pelo menos três encontros entre os principais postulantes ao Palácio do Planalto: em 16 de setembro, na Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); em 28 de setembro, na Rede Record e, fechando a campanha, o debate da TV Globo, em 2 de outubro.
Na televisão, serão 14 dias de propaganda dos candidatos à Presidência, distribuídos em duas inserções diárias às terças, às quintas e aos sábados até 2 de outubro, a partir de quando esse tipo de propaganda estará proibida. Ao longo desse período, Dilma Rousseff (PT) terá aproximadamente cinco horas e meia para falar aos eleitores; Aécio Neves (PSDB), duas horas e vinte minutos; e Marina Silva (PSB), 56 minutos.
A mudança ocorrida nas últimas semanas, após a morte do candidato do PSB, Eduardo Campos, e a respectiva substituição por Marina deu uma nova dinâmica ao processo eleitoral. A ex-ministra do Meio Ambiente, cada vez mais, tende a se tornar “vidraça”, sendo questionada pelos principais opositores — a exemplo do que ocorreu no debate de ontem.
As pressões virão pelas redes sociais e pelas propagandas no rádio e na televisão. Tanto Dilma quanto Aécio insistirão na tese de que Marina não tem preparo para exercer a Presidência, e que será um risco entregar o país nas mãos de uma candidata que, além de não ter exercido cargos Executivos eletivos, defende a possibilidade de candidaturas sem partidos políticos, o que poderia ser um flerte com o autoritarismo.
Dilma tentará mostrar que, com a economia mundial ainda em crise, seria um risco mudar o timoneiro e abandonar um projeto que tem dado conta do país ao longo dos últimos 12 anos, promovendo a inclusão e mantendo os empregos. Aécio tem um mês para convencer os eleitores de que ele representa a mudança com segurança. Para isso, reforçará o discurso do PSDB como um partido responsável pela estabilidade econômica e por dar início aos programas sociais que acabaram unificados durante o governo do PT, especialmente de Lula, materializados no Bolsa Família.Marina, por sua vez, insistirá na tese de renovação, da nova política e da possibilidade de que, caso eleita, consiga implantar uma outra dinâmica para governar o país.
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