Pouco depois do estouro da crise financeira mundial em 2008, os brasileiros despontaram como compradores de imóveis nos Estados Unidos, especialmente na Flórida. Com a queda dos preços provocada pela recessão, casas e apartamentos de luxo em cidades como Miami e Nova York chegaram a ficar mais baratos do que os vendidos em bairros de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Nos últimos meses, porém, ficou claro que os brasileiros ricos não querem só passar férias com a família no exterior. Eles estão investindo uma parcela maior de seu patrimônio fora do país, em ações, títulos de renda fixa e, claro, imóveis, majoritariamente nos Estados Unidos e na Europa.
Os números desse movimento ainda não foram divulgados pelo Banco Central, que só reporta anualmente o total de recursos enviados por investidores para fora do país.
Mas dez executivos de alguns dos principais bancos e assessorias financeiras do Brasil disseram a EXAME que o percentual do patrimônio que seus clientes aplicam no exterior é o maior dos últimos dez anos. Os ricos, em suma, estão dando um “bye-bye, Brasil” coletivo.
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