Uma vergonha as campanhas políticas: é só promessa de candidatos, mas eles estão interessados mesmo é no cabide de emprego. Depois de eleitos, esquecem os problemas sociais, desviam recursos públicos para os seus bolsos, enquanto, por exemplo, o serviço público de saúde é sucateado por falta de verbas, as escolas públicas continuam de péssima qualidade, a segurança pública é deficiente, enfim, o Estado não desempenha o seu papel constitucional.
Assim como eu, muitos brasileiros são convidados pelos meios de comunicação ou por correspondência postal a contribuir com vários tipos de entidades filantrópicas ou do Terceiro Setor: “Criança Esperança, Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite” etc. Tudo isso para suprir a incompetência de nossos governantes, políticos e órgãos públicos pertinentes, que deixam de cumprir as suas obrigações constitucionais nas diversas áreas sociais.
No Brasil, a pouca-vergonha é tão grande que o cidadão tem que contribuir com associações beneficentes não governamentais e sem fins lucrativos para minorar um pouco o sofrimento de muitos brasileiros pobres e doentes, que não são socorridos devidamente por nossas instituições públicas de saúde, como determina a Constituição Federal.
Os políticos e governos deveriam ter vergonha de se olhar no espelho ou no rosto de cada contribuinte nacional, que paga alta carga tributária, por saber que são coniventes com o desvio de dinheiro público, que deveria ser empregado na excelência do tratamento médico do estrato social mais carente brasileiro. Enquanto isso, Lula e Dilma Rousseff vão se tratar no hospital privado elitizado Sírio-Libanês, pago pelo contribuinte.
Por isso, o eleitor deveria refletir com muita responsabilidade na hora de escolher os governantes e parlamentares.
Júlio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC
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