Com o objetivo de alertar pais sobre a presença de alimentos capazes de provocar alergia, os chamados alergênicos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), propôs uma consulta pública para definir mudanças nos rótulos destes alimentos. A proposta de nova norma para a rotulagem está disponível no portal da Agência e as sugestões devem ser enviadas via internet através do preenchimento de um formulário dentro do prazo de 60 dias. Segundo estimativa da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia, atualmente no Brasil, 8% das crianças têm algum tipo de alergia alimentar. A pequena Júlia Reis, de apenas seis anos, possui restrições quando o assunto é comida. Logo nos primeiros dois anos de vida, o problema da criança foi diagnosticado. “Ela tinha prisão de ventre em estado avançado e muita dificuldade para fazer as necessidades fisiológicas. Sofria sempre que precisava ir ao banheiro”, conta a tia da menina, Lívia Reis, 31 anos. Para iniciar um tratamento foi necessária a ajuda de um gastropediatra, que proibiu diversos alimentos para a menina. “Vários alimentos foram cortados da alimentação dela e um processo rigoroso de dieta foi iniciado. Júlia só podia comer alimentos integrais e muitas vezes não podia experimentar o bolo do próprio aniversário”, lembrou. Para que pais de outras crianças que tenham problemas semelhantes tenham facilidade na hora de escolher os alimentos, a proposta da Anvisa é listar algumas chamadas substâncias nocivas nas embalagens dos produtos como: cereais com glúten, crustáceos, ovo, peixe e amendoim; o leite, a soja, castanhas em geral, nozes e os sulfitos. Alimentos que contenham traços ou derivados desses ingredientes também deverão mostrar o aviso em seus rótulos. Após a decisão final da agência, as indústrias terão prazo de 12 meses para adequação às novas regras.
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