O paciente que precisa de um transplante de coração vive no mínimo dois grandes momentos de angústia: a busca por um doador compatível e a constante dúvida se o órgão doado não será rejeitado pelo próprio organismo. Nos dois casos, a espera tende a ser longa, árdua e sob inúmeros procedimentos invasivos e arriscados. Entre eles, a biópsia. O exame causa calafrios a muitos pacientes e é, normalmente, evitado pelos médicos, sendo usado somente quando não há outra opção. Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, conseguiram encontrar uma solução alternativa. Não só isso: uma estratégia extraordinariamente mais simples e semelhante às análises usadas para detectar doenças genéticas ou mesmo o sexo do bebê no sangue de uma mulher grávida. O segredo está nos poucos momentos em que uma única pessoa carrega no sangue o DNA de duas.
No artigo divulgado hoje na revista científica Science Translational Medicine, a equipe liderada por Iwijn De Vlaminck relata um teste sanguíneo capaz de reconhecer, no DNA livre circulante do transplantado, a quantidade de partículas que pertencem ao material genético do doador. Esse tipo de DNA tem uma particularidade — não está inserido em uma célula, mas solto na corrente sanguínea. Essa característica é importante porque, quando o sistema imune começa a atacar o coração, as células do doador são destruídas e o material genético, jogado na corrente sanguínea. LEIA MAIS
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