Convenção nacional do Partido Progressista (PP), em Brasília (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
O PP anunciou nesta quarta-feira (25) o apoio à reeleição de Dilma Rousseff. A decisão foi tomada pela Executiva Nacional, em uma rápida reunião no gabinete do presidente da legenda, Ciro Nogueira. Antes, a convenção nacional havia terminado de maneira tumultuada com várias lideranças divididas sobre o apoio à candidatura do PT.
“A maioria quer o apoio à presidente. Já está sacramentado o apoio”, disse Ciro Nogueira, depois da reunião da Executiva Nacional. Segundo Ciro, dos 27 diretórios, apenas dois – Minas Gerais e Rio Grande do Sul – foram contrários na convenção. “Sempre ouvimos democraticamente a todos. São 27 diretórios e apenas dois se rebelaram de forma inadequada. A senadora Ana Amélia não é a única membro da convenção”.
Na convenção nacional, que ocorreu antes da reunião da Executiva, um grupo liderado pela senadora Ana Amélia, pré-candidata ao governo do Rio Grande do Sul, e pelo governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, apresentou uma moção propondo, a exemplo do que foi feito em 2010, a neutralidade do partido na disputa presidencial deste ano. A ideia era que oficialmente a legenda não apoiasse nenhum candidato, e que assim o tempo de rádio e TV da sigla fosse dividido entre os candidatos.
A divergência começou quando, apesar dos apelos de vários integrantes, o presidente do PP, Ciro Nogueira, decidiu não colocar a moção, apoiada pelos diretórios do RS, de MG, SC, GO, do RJ, AM e CE em votação. Sob muitos protestos, ele colocou em votação simbólica uma resolução que transfere para a Executiva Nacional do partido a palavra final sobre o apoio à aliança com Dilma. Em meio a gritos e vaias de convencionais, Nogueira declarou que a resolução havia sido aprovada e encerrou a convenção, sem falar com a imprensa. Logo em seguida, o presidente foi para o gabinete e, pouco depois, anunciou que a Executiva havia tomado a decisão de apoiar a reeleição de Dilma.
Ação cautelar
Inconformados com a postura considerada antidemocrática do presidente nacional, integrantes do diretório regional entraram com uma ação cautelar contra a decisão da legenda de apoiar a candidatura. Oito membros do diretório nacional do partido pedem uma liminar para suspender os efeitos da convenção e a posterior anulação da reunião de maneira definitiva pela Justiça Eleitoral. LEIA MAIS AQUI
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