A onda de demissões em massa nas empresas terceirizadas da Petrobras já custa à estatal cerca de R$ 120 milhões. Sob a alegação de atrasos nos repasses da petroleira, empresas terceirizadas abandonaram parte dos contratos, gerando um passivo trabalhista questionado judicialmente por sindicatos e trabalhadores. Somente neste mês, a Petrobras bloqueou cerca de R$ 58 milhões para cobrir o pagamento de indenizações a funcionários da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco. As dívidas foram levantadas com sindicatos dos trabalhadores, Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco e no Rio, e são referentes aos valores citados em processos e acordos. Desde 2012, ao menos dez empresas abandonaram obras e demitiram mais de 11 mil trabalhadores. Em Pernambuco, os pagamentos foram determinados pela Justiça do Trabalho, após acordo com a Petrobras. A empresa reteve as faturas das empresas Jaraguá e Fidens, e direcionou os recursos para o pagamento das indenizações de 2.100 funcionários. Ambas são citadas nos relatórios da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. A suspeita é que as empresas negociavam os contratos diretamente com Paulo Roberto Costa. A Jaraguá, apesar de possuir 37 contratos ativos com a estatal, atravessa uma crise financeira em todo o País, e já abandonou outras obras além da Rnest. A dívida trabalhista, somente em Pernambuco, chegava a R$ 30 milhões, relacionada a pagamento de salários atrasados, gratificações do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e indenizações. Segundo a Petrobras, seis contratos no valor total de R$ 2,3 bilhões, foram rescindidos com a Jaraguá em maio, por que ela “demonstrou não ter condições de retomá-las”.Antonio Pita, Agência Estado
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