DO UOL, em São Paulo
O vírus da pólio foi encontrado em amostra de esgoto perto de São Paulo, mas até o momento não foi registrado nenhum caso de paralisia em humanos, informou nesta segunda-feira (23) a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O vírus que foi encontrado em amostras coletadas em março no aeroporto internacional de Viracopos, em Campinas (SP) é similar a uma amostra de vírus recentemente isolada de um caso na Guiné Equatorial, segundo a OMS.
A agência da ONU disse que o risco de o vírus da pólio encontrado no Brasil se espalhar internacionalmente é "muito baixo", e da Guiné Equatorial é "alto".
A pólio é considerada erradicada do Brasil desde 1989.
Emergência mundial
Em maio deste ano, a OMS decretou emergência sanitária mundial diante do risco de contágio da poliomielite, depois de detectar casos em mais de uma dezena de países.
Foi a segunda vez na história que a entidade declara uma emergência global por conta de uma doença. A primeira vez foi em 2009, com a gripe A.
Apesar de os casos de pólio terem sido identificados principalmente na África, Oriente Médio e Ásia, a entidade optou por decretar o estado de emergência como forma de combater sua proliferação e diante do risco de que a doença chegue a países que, com esforços de anos e milhões de dólares gastos, conseguiram erradicar o problema.
O vírus estava prestes a ser declarado como extinto há três anos. Mas conflitos armados em algumas regiões e a falta de investimentos em outras abriram as portas para a volta da doença. O risco, desta vez, é que com a facilidade de contatos e de viagens, o vírus teria maiores chances de chegar a novas regiões.
Os principais focos da nova onda da doença são Paquistão, Camarões e Síria. A recomendação a esses governos é de que não permitam a saída de pessoas dos países sem que estejam vacinados.
Mas com a guerra na Síria tendo feito desabar parte da estrutura do Estado e diante dos mais de 3 milhões de refugiados, a OMS reconhece que muitos que podem estar portando o vírus já estão em outros países. (Com a Agência Estado e Reuters)
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