AFP - Agence France-Presse
Ativistas do movimento LGBT participam de parada. Foto: Emmanuel Dunand/AFP Photo
A Suprema Corte norte-americana anunciou nesta segunda-feira que não irá retomar o caso de uma empresa já condenada por ter se negado a fotografar o casamento de um casal de lésbicas, em uma decisão comemorada por organizações LGBTs.
O caso foi apresentado perante a mais alta corte judicial dos Estados Unidos pelo estúdio fotográfico Elane Photography, que alegou ter se recusado a fotografar o casamento de um casal de lésbicas em nome da liberdade de expressão.
Os donos do estúdio localizado em Albuquerque (Novo México, sudoeste do país) já haviam sido condenados a pagar uma multa por violação de leis anti-discriminação do estado e recorreram da sentença.
A associação de defesa dos direitos homossexuais Human Rights Campaign saudou a não intervenção da Suprema Corte, avaliando que o ato "reforça a aplicação das leis anti-discriminação".
"Quando as empresas abrem suas portas ao público, devem se submeter às leis e não estão isentas disso em nome de suas crenças pessoais", frisou a Human Rights Campaign.
Já a organização Family Research Council classificou a decisão de "chocante". "Será que a Suprema Corte pensa que o preço a pagar pela cidadania é ceder sua liberdade de consciência?", questionou.
O caso foi bastante acompanhado tanto por defensores quanto por detratores do casamento homossexual nos Estados Unidos, onde situações parecidas foram registradas em vários estados.
No estado do Arizona, próximo do Novo México, um projeto de lei que permitiria a empresários não atenderem clientes homossexuais em virtude de suas crenças religiosas foi vetado pela governadora, Jan Brewer.
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