A Polícia Federal (PF) prendeu oito pessoas nesta terça-feira, incluindo um assessor do Ministério do Trabalho, durante uma operação que apura irregularidades no repasse de até R$ 47,5 milhões do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para a ONG Centro de Atendimento ao Trabalhador (Ceat). A ONG possui 12 unidades em São Paulo e no Rio de Janeiro. Na operação batizada de “Pronto Emprego”, Gleide Santos Costa foi preso com cerca de R$ 30 mil de propina num hotel de São Paulo. Costa é assessor da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego. Ao longo da tarde, um servidor do ministério chegou a informar que Costa era da assessoria da Secretaria-Executiva. No início da noite, o ministério corrigiu a informação. Segundo o delegado Rodrigo Sanfurgo, responsável pela operação, o assessor chegou a São Paulo na segunda-feira de manhã, vindo de Brasília. À tarde, visitou uma unidade da ONG, localizada na Zona Sul paulistana, onde recebeu o dinheiro. Em seguida, foi para o hotel. O assessor, segundo delegados da PF, foi responsável por assinar convênios entre o Ceat e o Ministério do Trabalho. A ONG é a que mais recebe verba do ministério para manter centros de qualificação profissional — ao todo, desde 2009, recebeu cerca de R$ 47,5 milhões do Ministério do Trabalho. A PF não sabe ainda o valor exato da quantia desviada.
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