Do UOL, em São Paulo
Uma reportagem do jornal argentino "Clarín" afirma, na edição desta quinta-feira (5), que o papa Francisco telefonou e conversou com o presidente sírio Bashar Assad. Segundo fontes do Vaticano ouvidas pelo jornal, o pontífice pediu para o líder sírio para com a repressão aos rebeldes e para adotar uma postura mais conciliadora.
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, negou "categoricamente" que o papa tenha ligado para Assad nos últimos dias para mediar o conflito sírio. No entanto, outras fontes do Vaticano asseguram que Francisco está atuando nos bastidores para evitar um ataque militar na Síria.
O Vaticano afirmou nesta quinta que o papa escreveu uma carta ao presidente russo, Vladimir Putin, por ocasião da abertura da cúpula do G20 em São Petersburgo, na qual pede pela paz na Síria.
Na carta, o pontífice pede que os líderes mundiais "deixem de lado a busca inútil por uma solução militar" na Síria.
"Em vez disso, que haja um renovado compromisso de buscar, com coragem e determinação, uma solução pacífica através do diálogo e da negociação das partes, com o apoio unânime da comunidade internacional", disse o papa na carta.
Segundo o "Clarín", assessores do papa também teriam conversado com membros do governo Obama, como o chefe de gabinete do presidente americano, Denis McDonough, de fé católica, para evitar uma intervenção militar.
O Vaticano também estaria conversando com membros do governo francês, que estaria propenso a apoiar os EUA em um ataque militar à Síria.
Nos últimos dias, o papa deu várias declarações condenando o ataque químico e a violência na Síria. Na terça-feira (3), no Twitter, o pontífice escreveu: "Condeno com uma firmeza particular o uso das armas químicas!"
Um dia antes, o papa Francisco lamentou em uma mensagem publicada no Twitter "o sofrimento, a dor e a destruição" que provocam o uso das armas.
No discurso durante a reza dominical do Ângelus o papa mostrou sua preocupação pelo "dramático desenvolvimento que se apresenta na Síria" e pediu negociações e diálogo para resolver o conflito no país árabe.
Logo após o Ângelus, o papa escreveu no Twitter: "Rezemos pela paz: a paz no mundo e no coração de cada um.".
"Nunca mais a guerra! A paz é um dom precioso, que deve ser promovido e tutelado. Jamais o uso da violência leva à paz. Guerra chama guerra, violência chama violência!", exclamou no domingo o papa na Praça de São Pedro.
Ele convocou para o próximo 7 de setembro uma jornada de oração e jejum mundial para a paz na Síria, no Oriente Médio e no mundo todo. E convocou os fiéis a uma vigília de oração na Praça de São Pedro das sete da tarde à meia-noite para pedir a paz na Síria. (Com agências internacionais)
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