Chegou, afinal, o tão falado dia 7 de setembro. Nos últimos dias houve intensa convocação para que o povo saia outra vez às ruas para manifestar indignação com relação ao comportamento dos políticos, geralmente dispostos a lutar pelos seus próprios interesses, com o agravante de a grande maioria estar sempre envolvida com 'malfeitos', segundo a linguagem petista para justificar falcatruas praticadas em especial por integrantes do Governo. Outra reivindicação é com relação à imediata prisão dos condenados no julgamento do 'Mensalão do PT', dando a entender que o povo não tolerará qualquer tipo de chicana tentando 'empurrar com a barriga' o que já foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Além dessas, diversas outras reivindicações estarão sendo levada às ruas em cidades de todos os estados do País. Enfim, parece que veremos hoje um volume de gente nas ruas muito maior que o visto em junho passado;
Há, entretanto, um fato ocorrido várias vezes nas manifestações de junho que precisa ser evitado hoje, e com bastante rigor. Foram as cenas violentas de vandalismo, ocasião em que pessoas mascaradas partiam para depredar patrimônio público e privado, sendo que desses os alvos eram agências bancárias, revendedoras de automóveis e estabelecimentos comerciais. Mais do que uma forma de protestos, aqueles atos quase sempre terminaram com saques de equipamentos, mercadorias e até dinheiro de caixas eletrônicos. Nada tinha a ver com as reivindicações espontâneas feitas principalmente por jovens até então inertes neste tipo de ação, mas também com a participação de crianças e de idosos, todos cobrando do Poder Públicos melhores serviços de Saúde, Educação, Segurança e Transportes, entre outros, todos reconhecidamente de péssima qualidade, não justificando os altos impostos pagos pelos cidadão;
Em vista disso, cabe às autoridades agir com bastante rigor na repressão aos atos de vandalismo ─ tem que ser sem exageros, é claro ─, garantindo aos manifestantes pacíficos o direito de reclamar contra o desprezo com que são tratados pelos administradores públicos em particular, e pelos políticos em geral. Aos manifestantes deve ser garantido o direito de ir e vir e de expressão. Aos baderneiros deve ser dado o castigo que deve ser atribuído aos bandidos: cadeia e processo na forma da lei;
O que não pode ser deixado de lado é o grito contra o descaso contra o povo, que não pode mais ficar calado diante dessa verdadeira falta de respeito contra quem sustenta o Governo através de uma carga de impostos considerada com uma das mais altas do mundo. Quem puder, não deixe de sair às ruas hoje. Quem não puder, incentive aqueles que irão manifestar sua revolta e exigir maior atenção por parte de nossos governantes. por Airton Leitão
Nenhum comentário:
Postar um comentário