Organizações não governamentais, associações e prefeituras estão sob investigação da Polícia Civil do Distrito Federal por suspeita de terem recebido verbas da Fundação Banco do Brasil, controlada pelo PT. A fundação firmou convênios de R$ 36 milhões com entidades ligadas ao partido e familiares de seus dirigentes. A investigação da Polícia Civil começou a partir de denúncia de uma servidora da fundação, que contou à polícia que a prestação de contas de algumas entidades não era analisada adequadamente. A funcionária sofreu ameaças após delatar o caso e está sob proteção policial e da área de segurança do Banco do Brasil. O órgão explica que as apurações são da sua alçada, e não da Polícia Federal, pois a fundação recebe recursos do banco, uma empresa de economia mista. Segundo apurou o jornal o Estado de S. Paulo esta semana, a Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deco) do Distrito Federal apreendeu documentos e computadores na sede da fundação, em Brasília. Dois DVDs e um CD foram retirados do gabinete do atual presidente da fundação, Jorge Alfredo Streit, ligado ao PT. Ele foi candidato ao governo de Roraima pelo partido. Streit sucedeu a Jacques Pena, filiado ao PT do DF, cuja administração foi marcada por repasses a entidades ligadas aos seus parentes, agora sob investigação. Com sede numa sala sem placa de identificação em Brasília, que fica trancada em horário comercial, só a Associação de Desenvolvimento Sustentável do Brasil (Adesbra) firmou parcerias de R$ 5,2 milhões desde 2003. O diretor executivo da entidade, Joy de Oliveira Penna, é irmão de Jacques e tem ligações com outras entidades contempladas com recursos. Os contratos e parcerias firmados nos últimos anos já estão sendo auditados. Não está descartado o afastamento do atual presidente da fundação, Jorge Alfredo Streit. A expectativa no Banco do Brasil é de que as primeiras conclusões da auditoria saiam neste fim de semana. BN
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