No Brasil, não há dados sobre o número de casais homossexuais com filhos, sejam eles adotados ou biológicos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) identificou 60 mil casais homoafetivos no País, a maioria formada por católicos (47,4%) e mulheres (53%). Os dados constam de pesquisa realizada com base no Censo do ano de 2010. Somente nos EUA, segundo estimativa da Escola de Direito da Universidade da Califórnia, um milhão de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais criam atualmente cerca de dois milhões de crianças.
As novas configurações familiares têm ido, inclusive, muito além das relações constituídas por pessoas do sexo oposto ou do mesmo sexo. Pode acontecer de essas relações se construírem entre pessoas de sexo oposto, mas que assumidamente gostam daquelas do mesmo sexo. Foi o caso dos pais da jovem I.S., de 23 anos, fruto de uma relação entre uma lésbica e uma travesti. "Fui morar em uma boate em que esta mulher lésbica era a dona e nos envolvemos até que ela engravidou. Ela morreu e eu criei a nossa filha", conta a travesti Marta Sá, 52. I.S. diz que, por ser reservada, não costuma falar de sua vida pessoal para os colegas e amigos, mas que não sente vergonha da situação. "Minha mãe era lésbica, meu pai homossexual e eu sou heterossexual. É preciso respeitar os desejos individuais de cada um. Somos como qualquer outra família", diz a jovem. (Atarde)
Nenhum comentário:
Postar um comentário