O governo federal pode receber mais uma bomba neste sábado (10), quando a revista Época deve denunciar um novo esquema de caixa 2, envolvendo a principal estatal brasileira. De acordo com o colunista do jornal O Globo, Ricardo Noblat, a edição trará uma reportagem sobre um esquema de corrupção envolvendo o PMDB e a Petrobras, com dinheiro repassado por diretores internacionais para um esquema similar ao que Marcos Valério operou no mensalão. O caixa2 teria sido usado para custear parte da eleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e também teria chegado ao vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), além de deputados federais do partido. O Bahia Notícias entrou em contato com o presidente da legenda na Bahia, Geddel Vieira Lima, que afirmou desconhecer o assunto. “Nunca ouvir falar disso, é a primeira vez. Não tenho nenhum conhecimento, só depois que a denuncia sair posso me pronunciar”, disse. O esquema teria acontecido enquanto o atual secretário de Planejamento da Bahia, José Sérgio Gabrielli (PT), era presidente da petrolífera. O BN tentou contato com o gestor, sem sucesso.
A denuncia pode ter sido antecipada pela Petrobras, que no último dia 23 de julho anunciou a renuncia de Jorge Zelada, ex-diretor da área citada na denuncia, a Internacional. O cargo passou a ser acumulado pela atual presidente da estatal, Graça Foster. Parlamentares da oposição consultados pelo Bahia Notícias apontaram que Zelada estaria envolvido em várias denuncias que correm nos corredores do Congresso, mas seria intocável, até semanas atrás. Outro dado importante é o fato de Zelada ter sido uma indicação do PMDB de Minas Gerais. A depender do impacto e das fontes da Época, o entendimento da oposição no Congresso é de que a denúncia pode dar força para a reabertura das discussões em torno da CPI da Petrobras, que teve o número de assinaturas necessárias para ser instalada, mas foi arquivada por pressão do governo federal. O caso também pode representar um alívio para membros do diretório tucano, que ganhariam armamento para combater as acusações envolvendo a denuncia de cartel no metrô paulista. A revista pode ser usada como contragolpe, colocando em campo esquema versus esquema.
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