“O islão desenvolve uma lógica da submissão, tanto da razão como da vontade, ao Deus que deu o Alcorão a Maomé. É por isso que os intelectuais muçulmanos que praticavam a sua religião declaram que a democracia e os direitos do homem são elementos ocidentais que não se deveriam aplicar aos Estados muçulmanos. A este respeito foi possível observar-se o começo de uma evolução por parte de alguns iranianos; mas é ainda muito cedo para dizer se ela resultará um dia num encontre efectivo entre o islão e a democracia baseado nos direitos do homem e no Estado de direito.
O cristianismo, pelo contrário, e devido ao seu conteúdo, parece harmonizar-se profundamente com a democracia. O sentido cristão da pessoa humana desempenhou um papel fundamental, embora não exclusivo, na Declaração dos Direitos nos Estados Unidos e em França, Declarações essas que conduziram ao Estado de direito e à transcendência do homem em relação ao político estatal....”ROLLET, Jacques. Religião e Política – o Cristianismo, o Islão, a Democracia. Lisboa: Instituto Piaget, 2002, p. 215/6
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