Os professores do colégio CISO (Centro de Integração Social), localizado em Itabuna, certamente têm lembranças desagradáveis da tarde de quarta-feira (31). Um aluno da 7ª série, aparentando estar drogado, mostrou sinais de agressividade na sala de aula, chutou a mão de uma monitora que o levaria à secretaria e agrediu verbalmente a diretora ao ser comunicado que seria expulso. Por fim, disse que cortaria a garganta da secretária quando estivesse fora da escola. A Polícia Militar foi acionada, para que as agressões fossem registradas, e um clima de pavor se instaurou no Colégio. Uma professora identificou, através das sobrancelhas do aluno, que ele é do Raio B. "O medo que a gente tem é de o menino, que ia à escola com freqüência, ficar com raiva e voltar armado para se vingar", disse outra educadora. O sentimento, ressalta ela, é compartilhado pelos demais profissionais que atuam no local. A situação, vale lembrar, tem se tornado corriqueira em muitas unidades de ensino da cidade. Os caminhos, digamos, convencionais são: advertência e suspensão. Nesse estágio, o estudante só pode voltar à escola com os pais e/ou responsáveis pela matrícula. Esgotadas todas as possibilidades, o último passo é a expulsão. "O aluno deveria ser encaminhado para um psicólogo ou psicopedagogo, mas a escola pública não tem essa estrutura. Se a escola é o único meio, e um jovem é abruptamente jogado para fora, que caminho ele vai ter para fugir da marginalidade?", questiona a professora. Diário Bahia
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