Oito meses depois de a Promotoria de Combate aos Crimes Tributários do Ministério Público Estadual e a Receita Estadual iniciarem a operação Crédito Fantasma, chegam à Justiça os primeiros processos criminais contra dirigentes de empresas suspeitas de envolvimento na maior fraude já registrada contra o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Estado. Conforme investigações, o esquema foi arquitetado pelo advogado tributarista Luis Adriano Vargas Buchor, 41 anos, que teria beneficiado cerca de 30 empresas. Juntas, elas teriam sonegado R$ 75 milhões em tributos – considerando multas, o Estado pretende cobrar R$ 150 milhões. O advogado é acusado de crime de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e falsificação de documento público. Agora, teve dinheiro bloqueado em conta na Suíça e também é acusado de crimes contra a ordem tributária em conjunto com responsáveis por três empresas, clientes de Buchor. Antes de ser preso, em fevereiro, apontado como mentor de um golpe milionário contra a Receita Estadual, o advogado tributarista Luis Adriano Vargas Buchor, 41 anos, vivia entre apartamentos classe A, em Porto Alegre, e uma cobertura de luxo no balneário catarinense de Jurerê Internacional com carros Porsche no pátio e lancha ancorada na praia. Se ele morasse na Europa, possivelmente as mordomias seriam maiores. Conforme registros de compra de dólares pela Receita Federal e documentos de controle pessoal de Buchor, apreendidos no escritório dele, o advogado teria mais de US$ 4 milhões – o equivalente a R$ 9,4 milhões – em contas bancárias no Exterior.
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