Foi anunciado nesta segunda-feira o preço da maconha que será comercializada oficialmente pelo governo uruguaio. Legalizada pelo Congresso no dia 31 de julho, a droga custará U$ 2,50 a grama (R$ 5,75, aproximadamente).
Segundo Julio Calzada, diretor da Junta Nacional de drogas, o valor é equivalente ao preço cobrado atualmente pelo mercado negro, e usuários poderão adquirir até 40 gramas mensais da droga em redes de farmácias, informou o jornal espanhol El País. Para Calzada, a "não é muito acima ou abaixo da atual, o que não permite desvios de produtos de um mercado para outro".
Autor do projeto que dá ao Estado o controle de todos os processos envolvidos na produção e consumo maconha, o presidente uruguaio José Mujica afirmou que está disposto a submeter a consulta popular a aprovação da polêmica medida.
"Estão impulsionando (na oposição) um referendo - e espero que o façam -, pois é preciso sair e debater tudo isso. Se não o fizerem, estou pensando em promover isso para que o povo uruguaio se inteire de tudo isso", afirmou Mujica ao jornal La República.
Depois da decisão do Congresso, alguns políticos da oposição anunciaram que pretendem defender a realização de um referendo para derrubar a lei.
A Câmara dos Deputados uruguaia aprovou na madrugada de quarta-feira, 31, o projeto de lei que legaliza a produção e o consumo da maconha, enviando o expediente ao Senado, também controlado pelos governistas da Frente Ampla. O texto, aprovado por 50 dos 96 deputados presentes, após quase 14 horas de debate.
O projeto de lei - apresentado em junho de 2012 em um pacote de medidas para combater o aumento da violência - prevê o controle do Estado sobre a importação, o plantio, o cultivo, a colheita, a produção, a aquisição, o armazenamento, a comercialização e a distribuição da maconha e de seus derivados. Foto: Pablo Bielli/AFP*Fonte: Estado de Minas
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