Luciano Tavares – da redação de ac24horas*lucianotavares.acre@gmail.com
O advogado André Augusto do Nascimento condenou o que considera oportunismo, a atitude de políticos que entraram na briga em defesa do marketing multinível, especialmente, da Telexfree, empresa que teve seus serviços bloqueados sob acusação de prática de pirâmide financeira.
Ele considera grave o fato de os políticos tentarem interferir em decisões que são jurídicas e chama a tentativa de “atentado descarado, demagogo e sem noção do ridículo”
“O que eu não consigo comungar, ñ consigo concordar, ñ consigo aceitar, é político querendo arrecadar votos com esse tipo de situação, empenhando verdadeiro apoio a pirâmide financeira e, pior, muito pior, prometendo interferência política para desequilibrar a imparcialidade das decisões judiciais. Nunca vi atentado tão descarado, tão demagogo, tão ‘sem noção do ridículo’. Pura imoralidade! Deus me livre e guarde de acordar num mundo onde a Justiça esteja despida de balança, espada e venda, acorrentada ao cabo da vontade particular e financeira de um político qualquer”, dispara André Nascimento.
O advogado acredita em “tramas” dos chamados milionários da Telexfree, que foram os primeiros “investidores” da empresa.
“Acho que já me atualizei inteiramente sobre essa questão do MMN, das pirâmides financeiras e dos fatos recentes que envolvem políticos do Acre, e posso passar meu ponto de vista. Dá pra entender o triste drama daquele pai de família que fechava o mês apertado e entrou nessa pra ganhar um complemento na renda, pra garantir o pão das crianças na mesa, quando acabou sendo surpreendido com o bloqueio antes de recuperar o valor pago (minoria); também dá pra entender o desespero daqueles que aderiram cedo e lucraram muito com o negócio (são esses que estão fazendo tramas)”, completa.
No Acre, entre os políticos que fazem a defesa da Telexfree estão o deputado estaduais Moisés Diniz (PC do B), Eber Machado (PSDC) e Jonas Lima (PT), que, aliás, investiu na empresa.
Mais recentemente entraram na fila dos defensores, os deputados federais Gladson Cameli (PP) e Perpétua Almeida (PC do B). A parlamentar comunista é autora da proposta de realização em Brasília de uma audiência pública para tratar sobre o tema.
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